Sábados
20:00 Horas
Domingos
10:30 Horas
Segundas, Quartas e Sextas
18:30 Horas

Sábados a seguir à Missa

Quarta
Estrada Regional
10:00 Horas

Quinta
Lado da Cruz
10:00 Horas

Sábados
Lado do Lucena
10:00 Horas

Na "hora de Verão", as missas de sábado e de semana, começam meia hora mais tarde.

SALÃO PAROQUIAL

Estávamos em 1940.

Paroquiava Santo António o saudoso Vigário Dr. Albano Maciel. No tempo o título de Vigário era atribuído só a alguns sacerdotes, embora fosse termo jurídico equivalente a pároco. Todos o chamavam Doutor Albano, por ser formado em Direito pela Universidade Gregoriana de Roma, onde foi condiscípulo de Eugénio Pacceli, mais tarde Papa Pio XII.
Expressava-se nestes termos: "precisamos de uma coisa qualquer, não sei bem o quê, mas sirva para distrair a juventude, tirar os homens das tabernas, proporcionar um são convívio entre as pessoas e dar-lhes formação cristã".

Nesta data não se ouvia falar em salões paroquiais, mas o senhor Dr. Albano já tinha esta intuição. Foi com esta intenção que comprou o que havia sido a garajem do único automóvel da freguesia do Sr. João Augusto Oliveira, junto à Grota do Lugar, no Campo da Mourisca.

Faleceu o Sr. Dr. Albano em 19 de Dezembro de 1948, e este sonho nunca desapareceu completamente do "sonho", mas por uma razão ou por outra foi sendo adiado.

Ao tempo do Padre José da Costa, uma comissão de festas empregou o dinheiro restante das festas, para comprar a casa da "tia Cristiana" "à boca" da Lomba dos Melos.

Ao Padre José da Costa sucedeu o Padre Simas da Câmara Carreiro.
Entretanto faleceu o senhor Padre José Botelho de Amaral, manente nesta freguesia, a 12 de Fevereiro de 1976, que deixou a sua casa da Lomba dos Melos à igreja .

Nesta altura já outras freguesias tinham salões paroquiais tipo teatro, causando uma certa "inveja" a Santo António, que continuava a não o ter, e o dinheiro da igreja era canalizado para outras obras.

Em 1977 o Padre Simas começou os "Cortejos de Oferendas" substituindo o Peditório das Estrelas, para angariação de fundos para o salão, mas em quantidade que ele considerava insuficiente para arrancar com a obra, e não arrancou. Foi transferido para o Porto Formoso.

Entrou para Pároco de Santo António, um filho da freguesia Padre David Botelho do Couto a 12 de Agosto de 1979.
Foi-lhe posto o problema do salão e ele disse que se o povo quizesse o faria.

Poz mãos à obra acompanhado por uma equipa de corajosos, que não desanimaram perante as dificuldades, que continuamente se levantavam, até porque muitos paroquianos, quando chegou a hora da verdade, se temeram da despesa e até queriam desistir da ideia.

Foi vendida a casa da "tia Cristiana" e a do senhor Padre José e foi comprado um terreno mais amplo, no fundo do Lugar, ao lado do Ramal Novo e da Rua da Mãe de Deus de baixo e de cima, que fôra do Dr. José Jacinto Pereira da Câmara.
Em 23 de Junho de 1985 foi lançada solenemente a primeira pedra, que jaz no alicerce do Salão, com algumas moedas de 1985 e um documento com a acta respectiva que diz o seguinte:

"Aos vinte três dias do mês de Junho do ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, mil novecentos e oitenta e cinco, sendo Papa João Paulo II, Bispo de Angra e ilhas dos Açores, D. Aurélio Granada Escudeiro, Pároco desta freguesia de Santo António Padre David Botelho do Couto, Presidente da República António dos Santos Ramalho Eanes, Primeiro Ministro Mário Soares, Presidente do Governo Regional dos Açores João Bosco da Mota Amaral, Presidente da Câmara de Ponta Delgada João Gago da Câmara, Presidente da Assembleia de Freguesia António de Aguiar Cabral, Presidente da Junta de Freguesia João Evangelista do Couto Botelho, Presidente da Casa do Povo Artur Borges da Câmara, procedeu-se à benção e lançamento da primeira pedra do edifício do "Centro Paroquial de Santo António", sob a Presidência do Presidente do Governo Regional dos Açores senhor Doutor João Bosco da Mota Amaral. Benzeu a referida primeira pedra o senhor Cónego Monsenhor Jacinto da Costa Almeida, Reitor do Seminário do Santo Cristo em Ponta Delgada, em representação de sua Excia. Revma. o senhor D. Aurélio Granada Escudeiro, Bispo desta Diocese.
O projecto da obra foi da autoria do arquitecto Francisco Gomes de Meneses, societário da Firma Luis Gomes Sucessor Limitada. Os arranjos exteriores foram projectados pelo Engenheiro André Macedo e o projecto da instalação eléctrica do técnico electricista Humberto Moniz. A execução da obra por administração directa, é feita pelo mestre de obras desta freguesia António Ferreira Pina, tendo assistência técnica da Secretaria Regional do Equipamento Social.
A presente acta depois de lida em voz alta vai ser assinada por todas as autoridades presentes e por quantos o queiram fazer".

As obras começaram imediatamente. Despertaram generosidades. Foram homens para matas cortar madeiras, que foram postas à nossa disposição. A Junta de freguesia oferece a areia, e dá outros apoios circunstanciais, a Câmara e a Secretaria do Equipamento Social, cedem máquinas e camiões para desaterros. A azáfama é grande. A obra começa a crescer, modificando o horizonte paisagístico.

Em 1985 em Fall River o Pe. Daniel Oliveira Reis, filho desta freguesia, promove um jantar à moda americana e consegue dos nossos emigrantes e amigos a importância de 7.665 dollars, que ao câmbio de então 165$00 dá a importância de 1.264.765$00.

Em 11 de Abril de 1986 foi a "festa da telha", como é tradicional entre nós.
Os pedreiros costumam por a bandeira do Espírito Santo no forro do tecto e no fim do dia há uma festa, com um bom jantar, em que estão presentes os trabalhadores e convidados.

Em 17 de Dezembro de 1986 foi ligada a luz eléctrica. Repicaram intensamente os sinos da igreja. Era um sonho que se fazia realidade.

Em Março de 1987 começou a funcionar, com o mínimo indispensável e sem mobiliário condigno, pelo que não se fez a festa de .inauguração.
Os tempos foram correndo. O Salão começou a ter vida e já não fazia muito sentido, que se fizesse festa da inauguração, quando já havia alguns meses de uso.

Em Outubro de 1987 o emigrante desta freguesia António Freitas Câmara, que é conhecido e assume o alcunha de família, pelo qual se assina António Tabico, convida o Pe. David para uma festa, que promove em Toronto para angariação de fundos para o Salão. O convite é aceite e uma grande confraternização se dá entre tantos santantonienses que já não se viam há tantos anos. A festa rende 15.000 dollars que ao câmbio de então 111$00 dão 1.665.000$00.

Também tivemos a comparticipação em dinheiro da Secretaria do Equipamento Social, que desde 1985 a 1989 nos deu a importância de 4.237.000$00.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada fez o asfalto da Rua de acesso ao Salão.

No início o nome oficial era "Centro Paroquial" para ser mais abrangente, mas à data destas notas (2001) o nome consagrado é "Salão"
O Salão não é apenas uma grande sala de 240 metros quadrados, fora o palco, debaixo do qual estão dois camarins e sanitárias À entrada tem um hall que serve de bar, dois grandes compartimentos, para garagem e arrumações no rés do chão, sanitárias e por cima no 1º andar 7 salas e um balcão, e ainda uma enorme falsa.

Em 1988 acrescentou-se-lhe uma ampla cozinha, com forno de cozer pão.
À volta um grande espaço livre, que é acrescentado em1999 pela compra do terreno
contíguo, ficando mais espaço disponível para lazer e aparcamento de carros.
Já está a ser elaborado um projecto do recinto mais adequado, para o tornar mais agradável e funcional, e junto ao Ramal ao nível do caminho, será implantado um bar a funcionar pelas festas

A finalidade principal do Salão é a formação religiosa, que é a base de todo o resto. A catequese lá está optimamente instalada. Fazem-se Cursos de formação cultural e religiosa, não apenas para a freguesia, mas até para fora da freguesia.
De Janeiro de 1989 a Novembro de 1989, funcionou como igreja paroquial, quando ela estava em conserto, tirando-se-lhe todo o barro das paredes e fazendo nova electrificação e sonorização.

Desde há alguns anos um dos compartimentos serve de sala mortuária, que baptizamos como "Sala do Encontro" porque os mortos se encontram com Deus e os vivos se encontram entre si, estreitando os laços de fazer comunidade, que hoje são mais fracos que no passado. O bairrismo santantoniense está a esmorecer um pouco.

Pelas festas do padroeiro, no recinto funciona um parque de diversões, em que os carroceis fazem as delícias de muita gente. Nessa altura o salão funciona como Restaurante bem como em festas de casamentos, baptizados, aniversários e nomeadamente nas festas do Espírito Santo em que nele se fazem as ceias dos criadores e se arma o "teatro" do Espírito Santo.

Também lá se fazem exposições, reuniões, convívios, tudo aquilo que ajude o homem a crescer.
Nele já se levaram à cena espectáculos, serões de escoteiros festas de Natal das crianças das escolas primárias, peças de teatro de um Grupo de teatro local "Quadrante Norte" sob a orientação do Professor João Vasco Cunha, já falecido, neto de outro orientador de teatro popular da freguesia, Vasco Cunha em que ele próprio escrevia as peças a serem levadas à cena em quadras populares com rimas obrigatórias.
Este grupo já morreu por falta de apoio económico.
No ano lectivo de 2000/2001 nalgumas das suas salas e presentemente em 2001/2002 está a servir de Escola Primária, enquanto o respectivo edifício está em grandes reparações.

É indiscutível os serviços que tem prestado à comunidade e ainda prestará, consoante a nossa generosidade e iniciativa o permitir.

Este site está optimizado para a resolução de 1024X768 pixels.
© Casa de Povo de Santo António
WebMaster - João Borges
Ultima Actualização em 31-10-2001